domingo, 30 de janeiro de 2011

Briosa rumo ao Jamor


A claque Mancha Negra cumpriu a promessa e foi guardar lugar no Estádio Nacional, já a pensar na final da Taça de Portugal. Os adeptos colocaram uma faixa elucidativa do sonho da claque da Briosa. O objectivo passa por motivar jogadores e despertar a cidade. Já dizia o poeta que o sonho comanda a vida. Para a Mancha Negra (MN), claque oficial da Académica, esse mesmo sonho, além de estar cada vez mais perto, é o desejo de uma vida. Ainda com a eliminatória com o Vitória de Guimarães por realizar, mas com uma fé inabalável numa presença no Jamor, cinco elementos da MN fizeram a viagem de Coimbra até Lisboa, na madrugada de sexta para sábado, logo após o êxito diante do Vitória de Setúbal, com o objectivo de fazerem a reserva do espaço que tanto desejam ocupar no dia da grande final. Na impossibilidade de o fazer no interior do Estádio Nacional, a claque colocou uma faixa na conhecida Praça da Maratona, que exprime bem o sonho de quem acompanha a equipa para todo o lado. ‘We'll be back’ (nós iremos voltar), foram as palavras utilizadas pela Mancha no final da época 1998/1999, precisamente o ano em que a Académica desceu de Divisão. Então, o desejo era o de regressar ao principal escalão.

Jornal "A Bola"

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Teixeira dos Santos - O Mentiroso


Numa entrevista gravada pela revista Focus, e de que a SIC passou parte no Jornal da Noite, Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, assume que foi forçado por José Sócrates a mentir ao longo de toda a anterior legislatura e da actual.
O ministro assume que ao longo destes anos todos tem gerido as finanças do país sob o efeito de medicação e que só agora percebeu que tem sido usado para condenar milhões de contribuintes inocentes. “O Sócrates obrigava-me a beber um copo com água e a assinar papeladas. E depois obrigava-me a dizer que estava tudo bem, que Portugal não estava a sofrer com a crise internacional e que a despesa pública estava controlada. Tive que dizer tudo com pena dos rapazes, que levavam bastante porrada do Sócrates. Mas eu não sou o único. O José Sócrates anda há anos a dar copos com água a todos os ministros, deputados do PS, militantes do PS, ao Passos Coelho, ao Emídio Rangel, aos juízes do Freeport e do Face Oculta, aos jornalistas, aos investidores estrangeiros para comprarem a dívida portuguesa e agora até já conseguiu drogar a Angela Merkel e os senhores do FMI”.

João Henrique "O Inimigo Público"

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Elogio ao Amor


Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.

Texto fantástico do Miguel Esteves Cardoso "in Expresso"

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Homem da Voz de Ouro



Ted Williams, um sem abrigo americano de 71 anos, mostrava os seus dotes vocais na rua em troca de dinheiro. Conhecido nas ruas de Ohio pela polícia como o "Radio Man", Ted Williams dava nas vistas ao pedir dinheiro em troca de uma autêntica voz da rádio.
Durante meses o homem despertou a curiosidade de muitas pessoas, chegando mesmo a ser entrevistado pelo jornal Columbus Dispatch que colocou o seu vídeo no YouTube, tendo chegado a um milhão de visitas. Agora, depois de se tornar um fenómeno na internet, o homem com "voz de ouro" já tem casa e emprego.
Fale a pena ver e ouvir......