Ando com pouca pachorra para escrever... Não sei se é do trabalho, se é simplesmente por falta de vontade. Até já pensei acabar com blogue e dedicar-me à "pesca". A ver vamos...
No entanto, deixo-vos aqui com o relato da "estória" da minha ida ao futebol este Domingo. Sim, porque ao contrário do que é normal, este Domingo levantei-me cedo. Objectivo, ir ver a final distrital de juvenis em Touriz, entre o Tourizense e o União de Coimbra, treinado pelos meus amigos Miguel Umbelino e Bruno Martinho.
No entanto, deixo-vos aqui com o relato da "estória" da minha ida ao futebol este Domingo. Sim, porque ao contrário do que é normal, este Domingo levantei-me cedo. Objectivo, ir ver a final distrital de juvenis em Touriz, entre o Tourizense e o União de Coimbra, treinado pelos meus amigos Miguel Umbelino e Bruno Martinho.
À hora combinada, 9h30 da manhã, estava já eu à porta do Vasco da Gama para, acompanhado do Zézé e do Hugo, irmos então assistir à grande final do campeonato distrital de juvenis em futebol.
Garrafa de água na mão, óculos de sol e uma ligeira(mente) grande sensação de ressaca, fruto dos finos da véspera, e eis que seguimos rumo à IP3. A viagem correu como esperado e cerca de uma hora depois estávamos então na vila de Touriz.
Ao chegar, deparámo-nos com uma vilória típica do interior, com apenas uma rua, ladeada de meia dúzia de casas e com um complexo desportivo, composto por três campos de futebol, dois de relva natural e um de piso sintético. Uma agradável surpresa, um clube desta dimensão ter estas condições de trabalho, de fazer inveja a clubes ditos maiores.
A entrada no complexo desportivo decorreu sem problemas, com o porteiro gentilmente a encaminhar-nos para um lugar onde estacionar o carro.
Já dentro do campo, entrámos então na ruralidade que caracteriza o nosso Portugal profundo. Assim, os homens da vila, naturalmente em maior número, destacam-se pelo seu aspecto e vocabulário grunhesco, onde as frases terminam indubitavelmente em calão, acompanhadas da palavra "lá", tipo: "Vamos malta car***, lá", "Vamos ganhar fod***, lá", "Eles não jogam um car***, lá...". Confesso que a minha ignorância não me permite decompor estas pérolas linguísticas, talvez a Edite Estrela consiga....
Quanto às mulheres, em menor número, destacam-se pela indumentária tipicamente sixtie, pela também língua afiada e sobretudo pelo característico buço, de fazer inveja a muito teenager...
Outro factor que me chamou à atenção, que no fundo é um contra-senso a tudo o que escrevi anteriormente, é o facto de um tiffosi do Tourizense, se calhar mais citadino(...), antes da entrada da sua equipa em campo, ter pronunciado várias vezes um slogan "Obamiano" de incentivo "Yes We Can,.... Lá"......
Começado o jogo, o União de Coimbra entra melhor e cedo se adianta no marcador que não consegue aguentar durante muito tempo, pois o Tourizense chega ao intervalo a ganhar por 2 - 1, talvez um resultado justo pelo que se passou no primeiro tempo.
A segunda parte foi de grande sofrimento para os conimbricenses que apesar de empatarem, viram-se novamente em desvantagem e quase arredados do jogo, no entanto num forcing final cheio de mérito e de querer empataram e até puderam resolver a contenda quase no fim.
Chegado ao final dos 80 minutos, o jogo termina empatado a 3 bolas. Os regulamentos não estipulam um prolongamento, portanto o jogo teria de se decidir na lotaria das grandes penalidades. O União foi mais feliz tendo marcado 4 penalidades, contra as 3 do Tourizense.
Apito final e festa total. Acabámos o jogo aos saltos e abraçados os três, felizes pela conquista do primeiro troféu do "nosso" Mourinho do bairro, a quem demos os parabéns num emocionante abraço.
Ficou então aqui o registo de um Domingo de bola, etnograficamente rico, futebolísticamente sofrido mas vitorioso e que gastronomicamente terminou num restaurante nas Medas, com uma canja de galinha divinal, acompanhado de um excelente frango (pitinho) de churrasco e regado com um belo vinho frisante.....
Ainda há Domingos que valem a pena!!!