A Nova Zelândia derrotou na manhã deste domingo a França por 8-7 e conquistou pela segunda vez na sua história o Campeonato do Mundo de râguebi.
A melhor equipa durante a prova ganhou, mas a melhor equipa na final perdeu. A sétima edição do Mundial de râguebi não podia terminar de forma mais dramática. Como tantas vezes aconteceu no passado, os superfavoritos All Blacks foram encostados às cordas pela França, mas desta vez aguentaram-se de pé, ganharam por 8-7 e, no final, foram os gauleses a provar do próprio veneno.
"Eu quero ser um grande All Black, mas não há possibilidades de seres um grande All Black sem conquistares o Campeonato do Mundo. Não podes negar que o Richie [McCaw] é o melhor número 7 do mundo. Não podes negar que o Daniel [Carter] é o melhor número 10 do mundo. Mas eles sabem, e eu sei, que, para sermos lembrados, temos que ganhar o Campeonato do Mundo." A frieza da análise de Ali Williams, um dos mais experientes jogadores neozelandeses, é reveladora da forma como a Nova Zelândia encarou toda a prova, mas principalmente o jogo decisivo do Mundial 2011.
Desde 1987 que a história se repetia: ninguém colocava em causa que a Nova Zelândia era a grande favorita, mas de quatro em quatro anos os All Blacks falhavam no momento decisivo, apesar de ser quase unanimemente reconhecido que tinham sido os melhores e mais espectaculares. Desta vez, a jogar em casa, os neozelandeses mostraram, desde o início da prova, uma atitude diferente.
Realistas e aprendendo com os erros do passado, os jogadores do Pacífico Sul revelaram-se mais inteligentes e rigorosos tacticamente, souberam sofrer quando necessário e, sempre que foi preciso, jogaram apenas para os pontos, abdicando do espectáculo.
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